Desde o mês de fevereiro as correspondência de palavra chaves sofreram uma alteração que impactaram não só os novos anúncios mas também os anúncios já existentes que não forem corretamente atualizados. Mas o que mudou? Até o início do ano existiam 4 tipos de palavra chave: correspondência exata (correspondência exata ao que o usuário digitou ou variações próximas), correspondência ampla (com variações e termos aproximados), correspondência de frase (termos diretamente sequenciais, podendo conter variações sinônimas e podendo vir acompanhados com outros termos) e modificador de correspondência ampla (as palavras ou sinônimos precisam aparecer na busca, porém não necessariamente diretamente sequenciais). O que acontece agora é que o modificador de correspondência ampla deixa de existir e a correspondência de frase passa a se comportar de forma um pouco diferente. Irei explicar nos próximos parágrafos o que realmente muda (ou não).
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Qual a razão desta mudança nas palavras chaves? Isso irá realmente ajudar-nos?
Nas palavras do Google, sim, isso irá auxiliar no alcance dos clientes certos na pesquisas. Mas e na prática? Na prática o que acontece é que nossas campanhas perdem com isso, pois se antes eu desejava ter dois termos dentro de uma busca, mas que não estavam em sequencia um do outro, eu conseguia isso com o modificador de correspondência ampla, agora não consigo mais utilizar esse recurso. Como isso poderia ser melhor para o anunciante?
Para tentar ludibriar os anunciantes, no artigo em que comunica a mudanças nas correspondência de frase e no modificador de correspondência ampla, o Google super valoriza o poder da correspondência de frase e cita um exemplo no artigo em que o uso da correspondência de frase realmente é mais interessante: quando usuários buscarem pro exemplo “mudança de Campinas para São Paulo”, se utilizarmos esse termo como correspondência de frase, não aparecerão resultados de mudanças de São Paulo para Campinas, somente de Campinas para São Paulo (que neste caso é o que nos interessa), já usando o modificador de correspondência ampla, apareceriam resultados tanto mudanças de São Paulo para Campinas quanto mudanças de Campinas para São Paulo. Obviamente nesse caso específico e em alguns outros, onde é importante que os termos venham na ordem certa, a correspondência de frase é sim mais interessante, porém anteriormente bastaria nesses casos escolher a correspondência de frase ao invés do modificador de correspondência ampla, a partir de agora não teremos a opção de escolher quando nos convir.
Resumindo: O que muda realmente, é que não temos mais a opção de modificação de correspondência ampla e a correspondência de frase continua como sempre foi.
Mas por que o Google faria isso para prejudicar os anunciantes?
O Google é uma empresa que visa lucros, não vive de caridades (rs) e portanto tudo que puder aumentar sua receita lhe é interessante, ainda que nem sempre isso reflita no melhor para o anunciante. Vejamos um exemplo recente, que ocorreu no ano passado, quando o Google parou de mostrar os Termos de Pesquisas para todas as buscas como sempre fez, mostrando a partir da mudança, somente os termos de pesquisas de algumas buscas.
Tanto no caso da exibição limitada dos Termos de Pesquisa, quanto no caso da exclusão do Modificador de Correspondência Ampla, quem sai perdendo é o anunciante, que agora terá menos acesso aos termos para definir com mais exatidão suas palavras chaves baseadas nas buscas dos seus potenciais clientes e que mão mais poderá refinar sua palavra chave quando precisar exibir resultados para dois termos não sequenciais. Isso obviamente acarretará em maiores investimentos para os anunciantes alcançarem os seus resultados e o único que sairá ganhando com essa história é o Google.
Quando entram realmente em vigor as novas regras?
Já está em vigor. Desde fevereiro as palavras chaves cadastradas como modificador de correspondência ampla passaram a se comportar como correspondência de frase e já não é mais possível cadastrar palavras chaves como modificador.
Infelizmente nós anunciantes muitas vezes ficamos reféns de grandes empresas como Google e Facebook e somos obrigados a acatar mudanças e comportamentos das ferramentas muitas vezes absurdos e sem sentido, pois não temos escolha já nossos negócios digitais dependem cada vez mais de anúncios nessas plataformas.
Deixe seu comentário dizendo se concorda comigo, se tem uma visão diferente sobre as mudanças do Google e qual sua opinião sobre esse artigo. Valeu!